sexta-feira, 5 de julho de 2024

Anuário da Cachaça 2024.

O Ministério da Agricultura, a Secretaria de Defesa Agropecuária, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e a Coordenação Geral de Vinhos e Bebidas divulgaram o Anuário da Cachaça 2024 atualizando os dados dos anos 2022 e 2023 das destilarias, produtos, marcas, exportação, geração de empregos, produção e estoques da cachaça no Brasil. Estas informações estão relacionadas com os registros legais, portanto, não considera a ampla produção e comércio ilegal de cachaças que de acordo com informações do IBRAC pode chegar a 85% do mercado.

Destilarias – Houve um grande aumento no número de destilarias de 28,4% com 281 novos alambiques que passaram de 936 em 2021 para 1.217 em 2023. Os Estados com 50 ou mais destilarias são pela ordem, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraíba. Os maiores crescimentos foram em Minas Gerais com 36, São Paulo com 11 e Paraná com 10. Por região geográfica, a Sudeste tem 819 com 67,3%; a Nordeste tem 169 com 13,9%; a Sul tem 168 com 13,8%; a Centro Oeste 49 com 4%; a norte tem 12 com 1% das destilarias registradas. Há um alambique para 166.870 habitantes e pelo menos uma destilaria em 13% dos municípios brasileiros.

Produtos – No registro de produtos também houve um aumento expressivo de 20,4% com um pequeno crescimento de 1,9% em 2022, mas de 18,5% em 2023, subindo de 4.969 para 5.998 cachaças registradas, média de 4,92 por destilaria. Os Estados com mais de 200 registros são pela ordem, Minas Gerais com 2.144, São Paulo com 901, Rio de Janeiro com 537, Rio Grande do Sul com 420, Santa Catarina com 340, Paraíba com 295, Espírito Santo com 242 e Paraná com 210. Minas Gerais e São Paulo concentram 63,8% de todas as cachaças registradas no país.

Os municípios com o maior número de registros de produtos são pela ordem: Belo Horizonte/MG, Salinas/MG, Ivoti/RS, Areia/PB, Paraty/RJ, Brasília/DF, Duas Barras/RJ, Cachoeiro do Tapemirim/ES, Luiz Alves/SC, Dracena/SP, Córrego Fundo/MG e Viçosa do Ceará/CE.

1.217 destilarias, 5.998 produtos, 10.526 marcas.

Marcas – São comercializadas 10.526 marcas de cachaças no Brasil. O aumento foi de 16% em relação ao ano de 2022 em que existiam no mercado 9.074 marcas. Existem mais marcas que produtos porque é permitido que um mesmo produto – por exemplo, uma cachaça envelhecida em amburana ou um mesmo blend – seja vendido com mais de uma marca. Os Estados com mais de 400 marcas são Minas Gerais com a maior concentração com 4.341 e média de 8,6 marcas para cada cachaçaria, São Paulo com 1.490; Rio de Janeiro com 716; Espírito Santo com 715, Rio Grande do Sul com 578, Paraíba com 483 e Santa Catarina com 468.

A exportação é pequena com 0,6% do volume.

Exportação – A exportação de cachaças é muito pequena com 8.618.832 litros que correspondem a 0,6% do total produzido. Em 2023 houve uma redução de 7,5% no volume, mas um aumento de 0,7% no valor com U$ 20.242.453 e uma valorização de 9,3%. Entre os países que mais importaram em volume, na América do Norte os USA, na União Europeia a Alemanha, Portugal, Países Baixos (Holanda) e Itália, na América Latina o Paraguai, Uruguai e Argentina e na África, Angola. Em valor agregado os dois primeiros são Luxemburgo com U$ 28/litro e Arábia Saudita com U$ 15,87. Em valores absolutos estão EUA, Itália, Portugal, Paraguai, Alemanha e Uruguai.  Todos os países europeus juntos representam 50,1% do mercado. Na Ásia aparecem em destaque como importadores países com Tailândia, Indonésia, Taiwan E Singapura. A China não aparece como importadora de cachaças. No total em 2023 houve exportações para 76 países. Em termos de volume total o maior importador é o Paraguai com 1.556.475 litros, mas com um valor agregado muito baixo de U$ 1,26/litro.

6.371 postos diretos de trabalho, mais de 100 mil na cadeia econômica.

Geração de trabalho – São considerados somente os empregos formais, diretos, com registro permanente no Ministério do Trabalho, ou seja, não são considerados os postos de trabalho e geração de renda ao longo da cadeia de consumo, mas apenas os empregos formais na produção direta da cachaça de alambique. Isso significa que não estão contabilizados os trabalhos sazonais durante as safras, a distribuição e logística, o comércio e os mercados de consumo de atacado e varejo derivados da produção. Com isso em números absolutos de empregos formais a cachaça de alambique gera 6.371 postos de trabalho. Mas com certeza toda a cadeia de consumo gera mais de 100 mil oportunidades de trabalho e renda para diversos setores.

Números finais - Pelos números apresentados no Anuário da Cachaça 2024 e correspondente ao ano de 2023, na totalidade das cachaças de alambique e cachaças de coluna entre a produção, o consumo nacional, a exportação e a formação de estoques foram aproximadamente 856.711.901 litros. Isso corresponde a 4,21 litros/habitante do país atualmente com 203.080.756 milhões. Estes dois últimos números não estão explícitos no anuário como todas as outras estatísticas anteriores e foi calculado a partir do dado estatístico das exportações.

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