Modelos de barris utilizados nas colônias gaúchas. Fonte: Caprara: Luchese, 2005. Página 187. |
Durante
quase 10 anos, de 20 de setembro de 1835 a 28 de fevereiro de 1845 o Rio Grande
do Sul se insurgiu contra o governo central brasileiro então representado pelo
Império. No início os revoltosos pretendiam apenas substituir o governo da
Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, principalmente o Presidente
Antônio Rodrigues Fernandes Braga e o Comandante das Armas Marechal Sebastião
Barreto Pereira Pinto que atacavam os liberais republicanos e não davam nenhuma
importância às reivindicações de melhorias administrativas, econômicas,
tributarias e sociais dos rio-grandenses.
Para os imperiais o Rio Grande do Sul era uma província que devia ficar subordinada ao papel de produtora de alimentos e matérias primas para consumo nos centros hegemônicos relacionados às economias mineradora e cafeeira do sudeste. Isso fazia com que as possibilidades de desenvolvimento ficassem subordinadas ao ritmo e lógica destes setores centrais. Ou seja, a economia gaúcha era periférica ao exercer um protagonismo de menor importância na geração e acumulação de riquezas da economia nacional. Estas condições levaram a revolta dos gaúchos que organizaram um exército revolucionário e passaram ao enfrentamento das tropas imperiais com grandes vitórias em diversas batalhas.